Novo projeto do diretor para a Netflix oferece jornada sisifiana em tempos de decadência digital.

Me ocorreu que muitos dos nossos cineastas gays parecem estar há algum tempo tentando fazer a melhor versão do mesmo filme, e não digo isso porque Baby (2024) ficou ali na esquina enquanto Ato Noturno (2025) está vindo na sequência, mas justamente porque esses excelentes dois filmes já se somam a um universo de protagonistas jovens, homossexuais e solitários tentando se adequar nas selvas urbanas, interioranas e praianas do Brasil — quando não numa mistura desses, como é o c

Filme com Paul Mescal e Josh O'Connor confunde elegância com frigidez.

Em 2020, a cantora britânica Charli xcx lançou, na humilde opinião deste autor, seu magnum opus . No álbum confessional How I’m Feeling Now , Charli explora os sentimentos conflituosos que floresceram durante a pandemia enquanto buscava, de forma quase desesperada, uma reconexão humana. Mais especificamente na faixa "Party 4 U", talvez a mais emblemática daquela era, ela recorre à metáfora de “dar uma festa”, preparando algo especial para uma pessoa igualmente especial que nu

Foi só recentemente, quando soube que assistiria a Bugonia (2025), que fui atrás de conferir Tipos de Gentileza (2024), o filme anterior do grego Yorgos Lanthimos que aqui no Brasil teve sua estreia um pouco acavalada com a de Pobres Criaturas (2023) — ambos saíram no mesmo ano. Estranho, porque não costumo deixar de conferir ainda no cinema filmes de cineastas cujo trabalho eu gosto, e eu gosto da filmografia do Yorgos. Entre Dente Canino (2009) e a releitura de Frankenstei

Ilustração da androginia por Leonardo da Vinci. Não é em vão que, nessa altura do calendário gregoriano, as pessoas ainda chamem seus...

Só sei que nada sei. Sócrates lacrou muito ao notar que a sabedoria de alguém era resultado do reconhecimento da própria ignorância, e...

Depois de receber a notícia da morte de sua mãe, Thomas (Diego Montez) volta ao Brasil com o namorado Beni (Yohan Levy).

Esse texto é parte da cobertura que o Esqueletos no Armário está fazendo da 48º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo como veículo...

Crítica de O Senhor dos Mortos (The Shrouds), de David Cronenberg, exibido na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

Nas últimas semanas, tenho feito uma maratona de Ed Wood. Há uma beleza estranha na forma como o “pior diretor de todos os tempos” conduzia suas histórias, guiado quase exclusivamente por instinto — o que Tim Burton chamou de um “tipo de poesia redundante, daquela que o autor leva cinco frases para dizer algo que poderia ser expresso em apenas uma”, algo que, segundo ele, dava a seus filmes “uma sensação surreal e estranhamente sincera”. Pode um emaranhado de ideias se tornar

Esse texto é parte da cobertura que o Esqueletos no Armário está fazendo da 48º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo como veículo credenciado, dando enfoque na programação que tenha cruzamentos com o cinema de gênero, as temáticas queers e de sexualidade. Corações Jovens  (2024) não parecia trazer nada que já não tivesse sido visto antes. Para quem acompanha a produção LGBTQ+ mundial, sabe que romances entre adolescentes do mesmo sexo são um nicho de mercado bastante e

Esse texto é parte da cobertura que o Esqueletos no Armário está fazendo da 48º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo como veículo credenciado, dando enfoque na programação que tenha cruzamentos com o cinema de gênero, as temáticas queers e de sexualidade. Ballroom é UPA, é igreja, é escola e quilombo, afirma uma das entrevistadas no documentário dirigido por Juru e Vitã, que a partir da cena fluminense, introduz e disseca a cultura dos ballrooms, contando suas origens,

Esse texto é parte da cobertura que o Esqueletos no Armário está fazendo da 48º Mostra Internacional de Cinema de São Paulo como veículo credenciado, dando enfoque na programação que tenha cruzamentos com o cinema de gênero, as temáticas queers e de sexualidade. Maria Callas , do cineasta chileno Pablo Larraín, que concorreu ao Leão de Ouro no Festival de Veneza em 2024, foi o filme selecionado para ser exibido na cerimônia de abertura só para convidados da Mostra esse ano. P

Crítica do filme Anora, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 2024.

Tudo é sobre tênis, exceto tênis; tênis é sobre poder.

Sempre fico surpreso quando ouço e leio que as continuações de A Profecia (1976) não prestam; elas nem despiroqueiam tanto quanto...

É curioso como, às vezes, filmes tornam-se mais famosos do que os livros que os originam,  quase a ponto de ofuscá-los. É o caso de...

Todd Haynes ocupa um lugar peculiar; é um dos poucos diretores a fazer parte do New Queer Cinema e que não apenas continua na ativa até...

Medley da obra de Edgar Allan Poe é embalada com estética prestigiosa e apoteótica em um espetáculo ridículo e sangrento.